BRAMON é o Brasil na IMC 2017 – Petnica (Parte 3)

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O Coffe Break da manhã da sexta feira foi um excelente momento para o início dos contatos com diversos pesquisadores. Lauriston Trindade teve oportunidade de conversar com Marc Gyssens (atual tesoureiro da IMO) sobre a experiência de estar tão distante do Brasil e apresentar os produtos científicos da BRAMON. Marc confirmou que não estava errado quando decidiu convidar a BRAMON para uma “lecture” e que já no nosso resumo de inscrição notou a força do trabalho colaborativo.

Depois foi o momento de conversar um pouco com Regina Rudawska (Meteor Data Center). Mostrou-se feliz em ver Trindade. Foram minutos para conversarem sobre os informes das chuvas de meteoros e como o MDC via essa “tempestade” de chuvas enviadas pela BRAMON nos últimos dias. Além das 25 chuvas já listadas no site do MDC, submetemos mais 75 novos radiantes para apreciação e validação internacional. Rudawska quis saber mais sobre nossa metodologia de busca de novos radiantes, foi quando Lauriston ressaltou a enorme importância do trabalho em equipe que é marca da BRAMON. Nesta empreitada, Leonardo Amaral criou uma suite de aplicações computacionais que não somente buscam similaridade orbital entre centenas de milhares de meteoros, mas que também é capaz de empreender testes estatísticos complementares. Regina também explicou como é o fluxo de trabalho do MDC e, informou que a inclusão dos novos radiantes BRAMON ainda não aconteceu, por conta da interseção de tarefas entre o MDC e a própria IMC.

Vista do restaurante no Petnica Science Center. Local dos Coffee Breaks, almoços e jantares.

No retorno ao auditório, foi a vez de Jeremie Vauballion conduzir as apresentações, dentro do escopo: Corpos parentais, meteoroides, planetas e suas relações.

Iniciamos com um estudo feito pelo japonês Nagatoshi Nogami. Em tal estudo, ele abordava a chance matemática de que uma queda de meteorito pudesse desencadear uma crise nuclear. Isto é, quais s chances de uma queda de meteorito atingir uma central nuclear, causando um acidente como o de Chernobil? O trabalho, intitulado “Meter size meteorite impact” gerou bastante discussão ente os participantes.

Já Ayyub Guliyev, do Shamakhy Astrophysical Observatory (Azerbaijão) com o trabalho “About one possible mechanism of the comet splitting” falou sobre as relações entre as chuvas de meteoros e os mecanismos de fragmentação de cometas.

A alemã Esther Drolshagen trouxe a apresentação: Near real-time monitoring system for atmosferic impacts from small NEOs. Ela mostrava a integração de métodos para quantificar e ajustar as estatísticas de impactos de pequenos asteroides com a Terra.

O francês François Colas mostrou um estudo que abordava o histórico de registros de impactos de meteoróides contra os planetas gigantes. Com o título de: Detection of impacts on giant planets, another way to determine meter sizer object flux in our solar system. Através de imagens de impactos em Júpiter, Colas fez um chamamento para que se possa observar com cuidado os frames de registros em vídeo dos gigantes gasosos, onde se pode detectar, eventualmente, flashes de explosões.

François Colas é integrante do Institut de Mécanique Céleste et de Calcul des Éphémérides – Paris

Após a fala de François Colas, tivemos a mudança do apresentador, foi a vez de Peter Stewart  conduzir a Conferência, dentro do escopo: Instrumentos, automações, dados e softwares.

Kristina Veljkovic mostrou um amplo estudo de construção de um algoritmo para análise de observações visuais de meteoros. “Demonstration os R package MetFns for analysis of visual meteor data”. Uma ótima nova ferramenta para auxiliar na determinação de importantes parâmetros das chuvas meteoros.

Vista de Valjevo a partir do auditório do Petnica Science Center.

Texto e edição: Lauriston Trindade

Lauriston Trindade é integrante da BRAMON desde 2015, co-descobridor de chuvas de meteoros e membro da IMO. Reperesentou a BRAMON e o Brasil na 36ª IMC- Petnica.

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