Campanha de Observação de Impactos Lunares – Geminídeas 2025
Em 2017, a BRAMON coordenou uma grande campanha nacional de observação de impactos lunares, que culminou na detecção do primeiro impacto lunar confirmado a ser observano em território brasileiro.
Em 2025 teremos uma nova janela de observação, onde existe a possibilidade de se observar novos impactos lunares, e para isso estamos iniciando mais uma campanha de observação de impactos.
Diariamente o planeta Terra é bombardeado por detritos vindos do espaço. Dezenas de toneladas de material atingem sua atmosfera, sendo que parte deles podem ser vistos na forma de meteoros e, em alguns casos, chegar ao solo na forma de meteoritos. Na Lua não é diferente, rochas espaciais podem atingí-la a qualquer momento, porém, sem uma atmosfera, o impacto se dá diretamente na superfície gerando flashes comumente chamados de TLP, Transient Lunar Phenomenon (Fenômeno Lunar Transiente).
Durante as chuvas de meteoros, a probabilidade de se observar um TLP aumenta consideravelmente, e a partir do sucesso dessa primeira experiência, a BRAMON resolveu realizar campanhas de observação sempre que as condições foram favoráveis, convocando os astrônomos amadores e profissionais do Brasil a coletar dados em busca de novos impactos.
Para o ano de 2025 a campanha acontecerá no seguinte dia:
Geminídeas– Madrugada do dia 14 de dezembro
Quer participar ou tirar dúvidas? Entre no grupo do Whatsapp:
https://chat.whatsapp.com/I8Qx2mU4JUGJSbgBNcshP7?mode=hqrc
Histórico das Campanhas
A BRAMON é pioneira nesse tipo de observação no Brasil. Nossas campanhas anteriores fizeram história:
- 2017: Registramos o primeiro impacto lunar confirmado observado em território brasileiro.
- 2018: Realizamos outra campanha de grande sucesso, engajando dezenas de observadores.
- 2019: Durante o eclipse lunar, membros da BRAMON registraram um impacto que correu o mundo.
GUIA: COMO PARTICIPAR DA CAÇADA LUNAR
Qualquer pessoa com o equipamento básico pode participar. E o melhor: você não precisa ficar com o olho na ocular a noite toda! O trabalho consiste em gravar a Lua e analisar os vídeos depois.
1. QUANDO OBSERVAR?
- Data Principal: Madrugada de 13 para 14 de dezembro.
- Horário: Assim que a Lua estiver visível e alta no céu, até o amanhecer ou até ela se pôr. Quanto mais tempo de gravação, melhor!
2. EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
- Telescópio: Qualquer telescópio serve, mas os de maior abertura (mais luminosos) têm mais chances.
- Motorização (Ideal): Um telescópio motorizado que acompanhe a Lua facilita muito, permitindo gravações longas. Se não tiver, você pode fazer vídeos mais curtos, ajustando manualmente.
- Câmera: Uma câmera planetária, webcam adaptada ou câmera de vigilância.
- Computador: Um computador/notebook para controlar a câmera e MUITO espaço em HD. Gravar a Lua consome muitos dados (cerca de 150GB por hora, como explica Marcelo Zurita no vídeo de instruções).
3. SOFTWARE (COMO GRAVAR)
Recomendamos o uso do SharpCap (ou FireCapture) para a gravação dos vídeos.
- Tutorial BRAMON – Usando o SharpCap para captura de Impactos Lunares
- Dica: Grave no formato
.SERou.AVInão comprimido. - Sincronize seu Relógio! É vital que o relógio do seu computador esteja perfeitamente sincronizado. Use um software como o Dimension 4 ou o sincronizador nativo do Windows. Um impacto precisa ser confirmado por múltiplos observadores, e o horário exato é a chave.
4. FOCO DA OBSERVAÇÃO

Lua e Luz Cinérea
Aponte seu telescópio para o lado escuro da Lua (a região iluminada apenas pela Luz Cinérea). É lá que os flashes serão visíveis. Tente enquadrar o máximo possível desta área.
O objetivo é conseguir observar as nuances da superfície do lado escuro, então não se preocupe se o lado iluminado da lua ficar muito brilhante. Quanto mais detalhes da parte não iluminada da Lua, melhor. Os impactos normalmente duram frações de segundos e sao bem fracos, então lembre-se de balancear a sensibilidade de sua câmera com uma boa quantidade de frames por segundo (no mínimo 20 frames por segundo)
O QUE FAZER DEPOIS: A ANÁLISE
Você gravou por horas. E agora? A mágica na análise pós-processamento acontece.
1. O SOFTWARE DE ANÁLISE
Usaremos o LunarScan, software gratuito desenvolvido por Peter Gural, feito especificamente para encontrar flashes em vídeos da Lua.
- Tutorial BRAMON – Detecção de Impactos Lunares
- Dica: O LunarScan funciona melhor com arquivos menores. Talvez você precise usar um software como o VirtualDub ou Avidemux para dividir seus vídeos longos em pedaços de 1GB.
2. O QUE PROCURAR (O QUE É UM CANDIDATO REAL?)

Impacto lunar
O software irá listar centenas de “eventos suspeitos” (raios cósmicos, pixels quentes, etc.). Um candidato a impacto real tem características muito específicas:
Duração: O flash deve aparecer em pelo menos 2 frames do vídeo.
- Curva de Luz: O primeiro frame deve ser o mais brilhante, com o brilho diminuindo (atenuando) nos frames seguintes.
3. COMO REPORTAR
Encontrou um candidato forte? Parabéns! Agora precisamos validar. Envie seu relato para a BRAMON através do nosso email: bramon@bramonmeteor.org, Incluindo:
- Seu nome e local de observação.
- Horário (em Tempo Universal, UT) do impacto.
- Um pequeno vídeo do flash.
- Os arquivos de log gerados pelo LunarScan.
A equipe da BRAMON irá compilar os dados de todos os observadores para cruzar as informações e confirmar as detecções.
ASSISTA E APRENDA MAIS
Para uma explicação completa sobre a ciência e a técnica de observação de impactos lunares, assista à aula do nosso diretor científico, Marcelo Zurita:
Toda a comunidade astronômica está convidada a participar das atividades da campanha, sendo muito simples capturar as imagens da Lua que são usadas na busca por impactos. Basta possuir um telescópio com guiagem, uma câmera que possa ser ligada a um computador e fazer filmagem (ccd astronômico, câmera da vídeo, DSLR, webcam, câmera de segurança, etc).
Para saber como fazer e analisar as observações, acesse o FAQ da campanha.
Para se cadastrar, acesse o formulário.
Qualquer dúvida, entre em contato conosco: bramon@bramonmeteor.org
Para ver os resultados da primeira campanha de observação, realizada em dezembro de 2017, assista o video abaixo:
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